domingo, 21 de março de 2010

Good girls go to heaven

Heeeeey pessoas!
Não, isso não é uma miragem (ou qualquer outro tipo de ilusão óptica). Você não está vendo coisas, não está sob efeito de demasiados analgésicos, ou outro entorpecente que o faça ter alucinações.
É um milagre, mas eu voltei.
Eu sei que vocês já tinham desistido de me verem por aqui novamente. Mas, eu sempre apareço. É a minha eterna promessa. Eu não vou largar isso aqui tão cedo (é uma ameaça! Ok, não).
Mas, e aí, como vocês estão? Eu estou muito bem, obrigada.
E isso não foi ironia. Eu ando realmente bem. Talvez muito melhor do que o meu normal. Desde que as aulas começaram, eu convivo com uma felicidade que insiste em aparecer em 99% dos meus dias. E, bom, eu não me incomodaria nem um pouco se ela continuasse aparecendo pelo resto do ano.
Falando em aulas, elas estão me surpreendendo a cada dia. A minha visão antiga do que era uma aula (chatice + disciplina + gente chata + raros momentos de diversão) se discipa numa nuvem com uma perspectiva totalmente diferente. E olha que eu sempre gostei de estudar (momentos nerds são necessários, gente), mas agora me sinto encantada com o novo plano de fundo do meu cotidiano.
Ok, chega de egocentrismo, eu quero falar sobre outra coisa com vocês, readers.
Em uma de minhas news aulas de português, recebi um texto que achei muito interessante. Era de um editorial do jornal Estado de São Paulo, se não me engano, e falava sobre o dia da mulher, e qual o papel da mulher na sociedade atual - tudo com muita ironia e um linguajar exceleeeente!
Decidi comentar sobre isso com vocês hoje. Algumas vezes, fico pensando sobre esse assunto: o que é a mulher atual? Ou melhor, quem somos nós, as mulheres de hoje em dia?
Poderíamos dizer que uma parcela (cada vez mais crescente) dos seres de sexo feminino se assemelha, cada vez mais, a simples marionetes controladas pelos homens. Sim, fantoches que usam o corpo como arma de sedução, e como uma bela substituição da inteligência. É muito mais fácil cuidar da imagem externa, do que ter um cérebro saudável. Coloque um bíquini com 15cm de pano, saia a passear na praia, e pronto! Vamos ver se você não vai ser idolatrada por todos como a rainha dos mares (ou qualquer outra coisa pejorativa).
Esse tipo de mulher que aparece na televisão mostrando o corpo, que pagam pra serem exaltadas como 'gostosas', que tem uma auto-estima tão baixa a ponto de ser dependente de homens babões para dizerem 'o quanto elas são boas', pra mim é desprezível. Sim, é h-i-p-o-c-r-i-s-i-a!
Se tu és um homem (ou até um garotinho) que ama esse gênero feminino, com certeza deve estar me achando:
opção a) uma louca que precisa ser urgentemente internada,
opção b) uma garota que queria ter um corpo que beirasse a perfeição para exaltar, quando não o tem.
Se você chutou a opção a, está certo - talvez eu seja, sim, uma louca desvairada. Prefiro ser anormal - tenho até medo dos normais!
Se você confiou na opção b, não. Você errou. Um dia, nos meus áureos 10 anos de idade, eu cheguei a pensar assim. Eu queria que os garotos me olhassem! Mas, logo após, vi que pra um garoto me olhar, ele tem que gostar de mim pelo meu jeito, e não só pelo meu corpo. Existe um limite entre perder a dignidade para chamar a atenção, e ser somente você, só você mesma.
Há formas e formas de chamar a atenção. Eu prefiro que me chamem de feia, chata, implicante, irritante, egocêntrica, teimosa, qualquer coisa, do que me chamar de burra.
Porque o que eu tenho dentro da minha mente, porque os meus ideais e a minha personalidade não vão ficar feios com o passar do tempo. Porque eu não preciso ser vítima de academias, de salões de beleza, de personal-trainer, de qualquer coisa pra saber que sou mulher, que tenho a minha ideologia, e que não tenho garotos inúteis correndo atrás de mim só pelo tamanho da minha bunda. (eu vou muiiiiiito no salão de beleza sim. e sou uma eterna dependende dos alisamentos, também. mas é o meu único vício de imagem, confeeeesso! quem não gosta de ter um cabelo bonito, né? haha)
Nossa. Suponho que agora vocês até tenham se assustado, né? Haha. Sim, eu sou muuuuito feminista!
Mas, se você tem uma opinião diferente da minha, externe-a. Comente pra mim! Eu quero saber o que você pensa. ( e caso você for um garoto fofo que concorde comigo, também não deixe de me dizer, HAHAHAHAHA. tá, parei )
Eu queria falar muito mais, mas daí isso já vai se tornar um livro (desabafos de uma adolescente feminista, haha).
Beeeeeeeeeeeeijos,
e volto logo, ok? *-*
Futura ousadia (mais presente do que nunca essa ousadia, talvez).