Condolências à razão
Na infâmia do que é triste
Imersa nos tamanhos relativos
Exprime a falta de coesão
A moldura do quadro
Da foto envelhecida
Paradoxo irredutível
Destrói a antiga novidade
Se a mão escreve
A veia salta, pulsa, leva, traz
Retorce verdades
Enquanto me contorço na cadeira
Abafando o ciclo
Para conter as ondas
do Pensamento, instituição nobre
Mar, límpido, desperta
Averigua o território
Reconhece o caminho
Abriga e silencia
Emudecido, descobre:
O que outrora fazia sentido
Agora não sente nem perscruta lógica
Pela janela, a beira da praia
Vê a verdade
Mutável
Admite a vulnerabilidade
Tua alma é relicário
Guardião da emoção.