sexta-feira, 21 de maio de 2010

Só há graça quando há drama!

Eu tinha planos. Sério, acho que pela primeira vez eu tive alguma idéia permanente sobre um assunto para postar aqui. E era realmente bom.. Ah, como era bom.
Fiz uma crônica semana passada, e fiquei admirada com o resultado. Eu sinceramente me acho uma péssima escritora, que acredita em finais messiânicos e histórias com desfechos felizes. Mas essa crônica superou as minhas expectativas; foi impulsiva, mas sincera. Contudo, ao fazê-la em meio ao ambiente insólito da sala de aula, não posterguei o resultado elaborando rascunhos. E.. minha professora de português que não gosta de mim ainda não a entregou.
E, confesso: é tão depressivo olhar esse blog e ter que reler quatrocentas e trinta e sete vezes os mesmos textos ultrapassados. Então, decidi escrever sobre a primeira coisa que me veio à cabeça: o nome desse blog.
Futura Ousadia - pensei nisso há uns 2 anos. Eu já havia elaborado 378378738738 blogs na vida, mas todos fracassaram devido ao fato de não condizerem com a minha vida. Colocava nomes inúteis e dignos de uma criança: mundo das loucuras, anormal-idade, enfim. Ninguém se animaria para ler aqueles textos projetados para agradar um determinado público.
Certo dia (era uma vez..), eu andava com uma necessidade extrema de me expressar. Acho que tinha começado a vivenciar aquela fase de 'óh, hormônios, para que te quero?', e precisava extravasar. Descontar toda a minha raiva das coisas erradas em cima de alguém. E acabei despejando as minhas revoltas em cima de uma página na internet.
Ela durou um ano, mais ou menos. Tinha vários leitores - e se chamava, sim, futura ousadia. Mas ainda não era o que eu queria. Os meus textos anárquicos se tornaram um pouco ridículos para mim.
Cresci (GRAÇAS A DEUS!), amadureci. Então, esse ano, reavivei o espírito futuramente ousado que está presente em mim. Aquarianos precisam dizer o que pensam (senão, eles vão dizer mesmo que você não queira ouvir. Isso nunca dá certo, experiência própria), e eu faço isso aqui.
Tá, eu só enrolei até agora. É que é realmente uma gama de possibilidades falar sobre o nome que traduz praticamente tudo que sou.
F-u-t-u-r-a O-u-s-a-d-i-a (enquanto eu soletro, vou pensando em algo realmente interessante a dizer).
Eu sempre quis ser ousada. Ousadia é sinônimo de segurança, de auto-confiança. Confesso que só comecei a vivenciar de verdade esse substantivo há pouco tempo. É quase um estado de nirvana pra mim.
Poder dizer o que EU penso, sem tentar agradar a algum ser específico. Falar sem responsabilidade, me vestir do jeito que quero, esquecer que o mundo à minha volta é repleto de equívocos. Assumir minhas posições, esquecer as confusões típicas da adolescência, desistir de entender o que eu simplesmente não sei. Ser eu. Por mais que eu ainda não tenha descoberto tudo o que eu posso e quero fazer, aos poucos eu vou tentando. I'm trying.
Eu poderia muito bem ter colocado 'presente ousadia', ou 'passada ousadia', ou até 'perfeita ousadia'. Mas, eu prefiro pensar que tudo é tão imperfeito a ponto de ser melhorado. Eu nunca vou ser completamente ousada (porque isso pode até significar alguma falta de pudor), nunca vou chegar à toda a minha capacidade, nunca poderei dizer que sou humanamente perfeita.
Reticências. Minha vida se resume aos três pontinhos. Nada acabou, tudo mudou e ainda vai mudar.
Enfim, é isso. Se você não entendeu nada, tudo bem. Minha mãe diz que eu tenho o raciocínio rápido demais, emendo um assunto no outro. Enquanto isso, eu vivo na pretensão de ser alguma espécie de 'Clarice Lispector' atual. Talvez alguém leia esse texto daqui há 10 anos, e se encaixe perfeitamente na minha linha de pensamento. E eu espero que essa pessoa seja do sexo masculino. Porque daí eu me caso com ela - nada melhor do que conviver com alguém que é igual a você.
Ou não. Dizem que os opostos se atraem. Sei lá. Não tenho muitos depoimentos a contribuir nessa sessão sentimental (não fazendo referência ao fato de eu estar sempre falando de sentimentos, mas nunca saber nada sobre eles).
Comente. Diga que você nunca entende nada do que eu falo, que essa foi a sua última tentativa de tentar me compreender. Me mande a merda. Me diga que tudo não passa de uma obra do acaso. Só não tente me decifrar. Somente leia. Não pare pra pensar. Não sou digna de muitas reflexões, não.
Abaixo, para tirar essa cara revoltada do meu post, eu coloco um texto (de 8 linhas, então nem é um texto. É um parágrafo... Não, é só um monte de palavras juntas, pronto) que fiz há algum tempo. Eu adoro desencantar essas coisas do fundo do baú.


"Definir certas coisas pode ser parecido com restrição. Ao obter um significado de um sentimento, muitas vezes o banalizo de forma irreparável. Mas, ao definir o amor, acontece o contrário: eu não o restrinjo; o expando. O simplifico a ponto de me tornar capaz de sentí-lo. Eu ainda não sei o que é amar do jeito escrito nos livros, da forma retratada nos filmes: mas... eu sei amar à minha maneira. E eu posso dizer que toda a minha definição sobre esse sentimento corresponde a você. Aos teus gestos, às tuas ações, às tuas palavras que me fazem sentir emoções jamais vistas. Você, uma simples pessoa, tão errante quanto eu, me encanta da melhor maneira imaginável - e decifrável. Ao te decifrar, me decifro; ao te enlouquecer, me enlouqueço; ao te amar, me amo. E a partir da tua existência, eu existo. Existo, sinto e sou. E só 'sou' porque, justamente, te sinto: te sinto me fazer viver, e te vejo me fazer aprender que amar é a melhor realidade que eu poderia ter presenciado."


(consideração número 1 - texto dedicado à pessoa que me ama e ainda não sabe. eu nem conheço ela ainda. ela também não me conhece. mas ela me ama. e ela ainda vai descobrir isso, e nos encontraremos pelos acasos do destino. por enquanto, eu só vivo de paixões e textos para seres imaginários;
consideração número 2 - IMPORTANTE - quando eu receber a minha crônica bonitinha que citei no começo do tópico [ainda lembras?], postarei aqui. estou ansiosa por isso.
consideração número 3 - obrigada, obrigada, e obrigada novamente pela paciência. esse post foi muito temperamental. mas se você lê meu blog ativamente [ uma vez ao mês ] sabe que minha luta com as palavras nunca é tão revoltosa. ela é sóbria e calma. na maioria das vezes.)


Beijos, obrigada de novo, e você não precisa voltar aqui novamente, caso não queira.
Até.
Futura Ousadia ainda inexplicada.