quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nowhere in here

Sobre Esperas e Paixões
Venha!
Toque suas mãos nas minhas
Descanse em meus braços
Acelere seus passos
Mas não me deixe sozinha.
Chegue!
Esqueça dos possíveis receios,
Porque não é inseguro nem feio
Entregar-se sem ponderar resultados.
Pois, corra!
Preciso do teu ser ao meu lado
Quero me perder em seu abraço
Para me encontrar de corpo inteiro.
Envolva-me!
Me presenteie com sentimentos sinceros,
Permita-me demonstrar os poemas mais ternos
Que apagam a dor de não te ter por perto.

Devo dizer que tenho uma afeição especial por esse poema. Com essas palavrinhas, fui vencedora do concurso "Poesia Passageira". Além disso, comecem a ler as poesias que quase sempre estão expostas nos ônibus. A partir do próximo ano, vocês podem se deparar com a minha obra por lá!
Pensei em fazer grandes e crescentes considerações sobre esse ano e a felicidade que ele me trouxe.
Mas... Não sei se todas as coisas que iria dizer seriam suficientes, ou resumiriam (de fato) a importância que esses 365 dias tiveram na minha vida.
De qualquer forma: obrigada, 2010!
Feliz Natal e um 2011 iluminado para todos nós! Que o próximo ano seja tão bom quanto 2010, surpreendendo-me e encantando-me nos pequenos detalhes de cada acontecimento. Que as minhas percepções continuem se alterando. Que eu tenha inspiração para escrever, vontade de compartilhar e capacidade para externar sentimentos e emoções. Que a felicidade contorne cada pequeno desenho imperfeito dessas próximas obras do acaso.
Beijos! Tudo de bom pra vocês. Para nós.
Acho que talvez eu poste mais coisas até o final do ano, mas... Prefiro adiantar-me um pouquinho e não pecar pela ausência.
So long. :}

sábado, 18 de dezembro de 2010

Agulhas e fios.

Eu queria dizer. E mais do que isso: eu precisava dizer.

Eu sabia o que queria. Tinha, em minha mente pequena, singela e humilde, um turbilhão de pensamentos que corriam à 200 km/h sem direção. Sobre o que comi no almoço, sobre as próximas festas, sobre desamores... Sobre tudo e sobre nada. Rápidos, inconstantes e leves como o vento - meus pensamentos desmanchavam-se tão fácil quanto espuma.
Um toque errado. Uma fala equivocada. Qualquer coisa que passasse pacata, desapercebida por minha consciência, causava efeitos em meu inconsciente e no que estava guardado (à sete chaves!) dentro dele.
Tanta coisa. Tantas vontades. Não que eu pudesse desbravar e descrever cada um de meus anseios; porém, eles estavam lá. Quietinhos, esperando para entrar em combustão com o fogo que alimentava minha alma - as palavras.
Um dia (um belo dia, diga-se de passagem), as coisas fluem (e influem). Uma ideia brilhante, um acontecimento inesperado (mas tão desejado!). A permissão para dizer.
É como se o meu próprio interior enviasse para meu cérebro, o visto necessário e a liberação total para a fuga de um minúsculo devaneio em uma fração de segundo. Posso imaginar as sinapses ocorrendo, alguma substância percorrendo meu corpo e carregando a mensagem por todos os lugares - "sim, você já pode falar!".
E era exatamente aí que encontrava-se o segredo de tudo.
Então, eu falava. Liberava as palavras - através das cordas vocais ou de qualquer outra maneira - e esperava que, algum dia, alguém se identificasse com aquilo, reivindicasse, debochasse, ou... que gostasse.
O falar era simples e irrisório. Tão insignificante quanto ouvir um "oi" na espera de um "eu te amo".
Mas eu dizia. Dizia, repetia, esquecia e relembrava.
Porque idéias brilhantes são sempre prósperas (por mais que não pareçam inicialmente). E o que assemelha-se a um caos interno pode ser, somente, o seu inconsciente alertando que ainda há alguma amadurecimento para ocorrer.
Encontrar o fio da meada no meio de tantas desnecessidades pode ser mais difícil do que procurar uma agulha no palheiro.
Mas... Quem disse que é impossível?

Qualquer coisa só para libertar qualquer coisa perdida em mim.
Bom fim de semana. :}

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Transitividade.

- Tia, você tem um trocado?
Caminhava pelas estreitas avenidas da cidade agitada. A fumaça, as buzinas, os gritos de "liquidação" e "queima de estoque" me atordoavam. As crianças enfileiradas no meio-fio, à espera de um abrigo, de um refúgio qualquer em meio à realidade assombrada. O cheiro de comida acebolada, as calçadas que me causavam tropeços exasperados, o bater das portas... A sujeira.
E quanta sujeira. Por entre os pequenos espaços vazios entre os amontoados de pessoas que aglomeravam-se, indo para lugar nenhum, as moscas desviavam de minha cabeça. Eu estava suja também.
Desamor. Desafetos. Desencontros e... Desejos. Ah, quantos desejos!
Poderia eu permitir-me sonhar com um futuro mais próspero? Com a simplicidade das coisas, com a paixão que me aguardava em um beco sem-saída no final da rua?
Senti medo.
Receio de mim. Do que eu poderia fazer.
E do que eu não poderia, sob hipótese alguma, fazer.
Entrei em uma loja com uma fachada bem-arrumada, menos desagradável que as demais, e olhei a atendente de olhos vazios.
- Por favor, a senhora podes me dar um copo d'água? Não estou me sentindo bem.
Esperei uma resposta. O tic-tac do relógio era ofuscado pela gritaria que vinha da rua.
- Desculpe-me.
Era água. Pura e simplesmente água - incolor, inodora e insípida - que me fora recusada.
Prossegui caminhando pelas ruas enquanto o sol escaldante parecia gerar faíscas em minha pele.
A sujeira.
Eu não sabia como estava - meu estado era uma incógnita. Desde que havia tomado aquela decisão, parei de preocupar-me com a minha aparência.
Só a aparência do mundo me interessava.
Assisti meu reflexo em uma vitrine de materiais hidráulicos.
Normal. Assustadoramente normal. Roupas casuais, minha pele macia e comum, meu cabelo cuidadosamente despenteado.
Pois de que sujeira eu falava, então?
Do implícito. Do que ninguém via. Das faltas, das presenças, da dor.
Vazio. Ausência de esperança.
O descaso comigo mesma.
Era eu, era outra, era nada... Era o tempo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

In the sun.

Frutos de uma mente alterada.
O vazio,
O silêncio.
As paredes,
O teto,
Um lustre com uma lâmpada prestes a queimar.
Eu,
Você,
Pronome pessoal da primeira pessoa do plural.
Pluralidades,
Singularidades,
Essências.
O sol,
A tua Lua,
O meu céu.
Sou minha,
Sou tua,
Sou sem saber.
Existo,
Inexisto,
Numa folha em branco,
Na porção livre da tua alma,
No espaço dedicado à mim em teu coração.
Coração?
Alma?
Celulose?
Ilusão de ótica.
Ilusão emocional.
...Simplesmente ilusão.
 
Minha professora disse que essa é uma poesia surrealista.
Concordo totalmente com ela.
Beijos!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Água e dez colheres de açúcar.

Querida Lucy,

Cada início para esta carta que estruturo em minha mente perturbada é deveras inadequado. Ao acordar hoje, encarei o céu por algumas calorosas vezes. Senti um certo prazer, por um momento desconhecido, ao avistar o sol que esgueirava-se por entre as nuvens, tentando dar as suas boas-vindas diárias e o "pontapé inicial" para um novo dia. O bem-estar que percorreu meu corpo foi justificado quando, esperadamente, associei àquela luz faiscante e animadora a alguém: você.
Confesso que fora surpreendente para mim fazer estranha associação entre pessoas e elementos naturais. Logo eu, que sempre retratei as pessoas como meros alicerces destruidores e, a natureza, como vítima dos racionais. Mas, Lucy, afirmar que criatura tão encantadora quanto tu, és realizadora de algum ato ruim ou feio, seria mero atraso de tempo e desperdício de raciocínio.
Contudo, minha flor, devo afirmar que tu andaste, sim, cometendo um crime impiedoso para com este que te escreves. Há de existir alguma lei que garanta meus direitos sobre meus órgãos... Sobre meu coração! Roubaste-o de mim e, agora, fazes com ele com o que bem entendes. Não é justo, não é bondoso... É de uma maldade tão cruel!
Não compreendo... Conte-me, Lucy. Fora por acaso? Ou tu planejaste cada detalhe, arquitetando planos maquiavélicos com meu coração desajeitado e enfadonho?
Porém, devo contar que, ao sequestrar tal orgão crucial de meu corpo, tu me fizeste reinventar uma das certezas mais antigas que carregava comigo: não sou feito de pedra! Meus pulmões enchem-se de ar, esvaziam-se... Meu estômago pode sentir-se enjoado sem motivos óbvios... E, óh, meu coração pode vibrar, enlouquecer, acalmar-se... Encantar-se, Lucy!
Sou invadido por uma mistura imperdoável de reações e sentimentos, que escorrem por minhas veias e contaminam meu sangue com o vírus mais sadio e benéfico. O que fizeste?
Estou um pouco perdido... Afinal, foram tuas mãos quentes e resistentes ao frio de minha alma? Foste a tua tranquilidade repleta de segundas, e terceiras, e quartas, e infinitas intenções?
Óh, Deus... Estou vulnerável a teus encantos! Não me comando, não há sinapses em meus neurônios. Seguir-te e entregar-me é automático e vital como respirar!
Sou sincero, Lucy. Tu me conheces o bastante para saber que, para ti, nunca sequer pude esconder meus ideais e mentir sobre meus afetos e desamores.
Frases assim são encontradas em livros novos e antigos, e já são tão exaustivas de se ler... Parece tão escancaradamente copiado. Mas, meu doce, mel de toda a minha existência, sabes que quando te avistei pela primeira vez, por alguns milésimos de segundo, meu cérebro sussurrou teu nome e gravou cada feição tua em um lugar especial. Há um santuário dedicado a ti em alguma porção de minha massa cinzenta!
Desculpe-me. Não terei coragem de reler esta carta, pois tenho medo de realizar alguma alteração descabida por tentar controlar o incontrolável. Porque... Eu já desisti disso.
Estou sofrendo, Lucy. Eu não queria falar assim; gostaria de transmitir, em minhas palavras, emoções boas e eloquentes. Todavia, não posso negar que sofro por tu não demonstrares tua paixão da maneira como eu sonhei, noite passada, em receber.
Lembras quando tu perguntaste, com tua típica ingenuidade de jovem mocinha, se eu estava feliz em selar meus lábios com os teus? Trilhões de respostas, de emoções, de encantos passaram voando por mim. Murmurei alguns sons inaudíveis, que infelizmente não percebeste, na tentativa de expressar meu estado agudo e intransitório de felicidade. Conhecer o teu gosto açucarado e peculiar fora como nascer para um mundo contornado de recantos imaculados. Acabei respondendo apenas o meu "sim" trágico, mofado, comum de um guri de mente velha e embolorada. Arrependi-me tanto...
Perdoa-me, meu encanto de menina? Se eu pudesse e conseguisse lhe dizer tudo que desejo, óh... Ficaríamos aqui por semanas! Gostar de ti, meu sol, é uma fonte inesgotável de inspiração.
Tu sabes que nunca amei. Sempre tive aversão a tudo que invadisse minha individualidade, que ultrapassasse os limites impostos por mim mesmo ao amor. Suspeitava que, no espaço de meu coração (agora extraviado!) estivesse alguma pedra... Um diamante, talvez! Me achava dono da verdade, da razão, da emoção, inerte a tudo aquilo que pudesse me mudar de determinada forma. Tinha medo do meu real eu, receio de não ponderar resultados, de substituir o "pensar" por "fazer".
Pois agora digo: óh, bobos aqueles que não amam! São reles marionetes do tempo e da própria insegurança. Até mesmo sofrer - e aprender, consequentemente - é mais proveitoso do que ser refém das armadilhas da estagnação.
Não me esqueça, Lucy.
Deixe-me adormecer nos seus pensamentos inconstantes, e tornar-me capaz de suportar todo o amor que, em meus sonhos, tu tens guardado para mim.


Com o mais intenso e doloroso amor,
Do céu onde tu brilhas. Do teu poeta.

Não há uma explicação muito atípica para esse singelo texto. Puro reflexo de uma amante das ilusões e do romantismo do século XVII!
Espero que as palavras transpareçam um pouquinho da doçura que tentei colocar nos ingredientes desse conto.
Aceito comentários de todos os tipos (tenho a leve impressão de que repito isso em quase todos os posts). Eu posso apostar que qualquer coisa que vocês disserem vai ser melhor do que o comentário da minha mãe sobre esse texto! haha.

Então... Desculpem-me pelo excesso de linhas!
Beijos! =*

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Brilho oculto das estrelas.

Tentativa de poesia. Particularmente, gostei. Apesar de não conhecer alguém que tenha olhos azuis tão fascinantes quanto os que habitam meu atual imaginário.


Brilho oculto das estrelas

Como um filme pausado
Como uma música gravada e repetida por intermináveis vezes
Teus olhos me vêm à mente
Preenchendo meu coração com poéticos prazeres.

Questiono-me sobre o que aconteceu
Minha liberdade encerrou-se ao te encontrar
E ao examinar, com ansiedade e suposta hipnose,
Cada doce canto do teu olhar.

Ao encarar incessantemente teu belo par de íris azuis
Perdi-me tanto que mal consegui sentir
O teu toque em minhas mãos e o gosto refinado de teus lábios.
Surpreendi-me ao constatar
Que por meus olhos também estavas encantado!

Será excesso de emoção?
Por favor, devolva-me o que ainda restar de minha razão!

Enviarei-a para um concurso de poesias. Espero que renda bons frutos!
Ótimo resto de semana.
Beijos!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Rosas são vermelhas...

Cada parte de meu corpo pareceu ser percorrida por uma corrente elétrica forte e desumana. Minhas mãos tremiam tanto a ponto de meu coração alcançar um número aparentemente impossível de batimentos por minuto.
Enquanto o suor escorria por meu pescoço e molhava meu lenço decorado, eu o via caminhar em minha direção. Não podia ser ele. Não podia ser tão rápido.
Comecei a me questionar sobre meus erros. Eu só poderia ter me equivocado em algum momento de minha existência, e agora pagava pela atitude errada sentindo o terror encadear uma dor profunda em minha cabeça.
A cada segundo, ele ficava mais perto. Era ele. Sua presença era tão evidente quanto o sol ardente de verão. Tudo sempre fora tão óbvio.
A sombra que pairava por meus pensamentos me fez enxergar a suposta verdade oculta que carreguei comigo involuntariamente.
- Você não vai desistir agora, vai? - sua voz encantadora perguntou-me em tom irônico. Senti seu olhar fervoroso encarando-me e decifrando cada insegurança mergulhada no meu mar de desejos pobres e perecíveis.
Eu queria desistir. Precisava parar com essa verdade ilusória na qual me obriguei a acreditar. Necessitava de uma parada, um tempo. Queria férias de mim mesma.
A mão macia enxugou as primeiras lágrimas que escorriam por minhas bochechas - tão salgadas quanto a vida.
- Tu és tão doce... Teu cheiro me causa algo parecido com hipnose! Não, não tente se desvencilhar de mim. Preciso de ti tanto quanto tu precisas do meu toque...
Queria mandá-lo parar. Nunca precisei de ninguém - nem de mim. Contudo, com minha mente ordenando-me uma ação em meio àquela eterna pausa, em meu peito algo movimentava-se de maneira intensa, quente e duradoura.
- Eu não sou sua... Eu nunca fui sua!... - foram as únicas palavras que consegui pronunciar antes de ser calada com um beijo adocicado e longo.
E, de repente, eu não sabia de mais nada.
Não compreendia nenhuma informação ou mensagem oculta. Só me permitia sentir a magia proveitosa e incansável de me perder por entre seus braços.
Então, tudo sumiu. O beijo acabou, o abraço foi cortado ao meio, e aquilo parecia tão irreal quanto acreditar em destino.
Uma mancha obscura e assustadora ocupou o lugar do cenário inquietante em que havia acabado de estar.
Acordei. Era só um sonho. Fora só e meramente surreal. Levantei de minha cama e caminhei em direção ao guarda-roupa.
Avistei um lindo vestido branco pendurado cuidadosamente no armário. Rosas vermelhas cobriam todo o chão do quarto.
Era meu. Era hoje. Era o dia de meu casamento.
O sonho se tornaria real.

Gostei tanto desse texto, que me faltam palavras para descrevê-lo. Não sei se você sentiu a mesma coisa. Eu espero que sim!
Tenham uma boa semana. Ou resto de semana. Sei que você queria feriado prolongado. Eu também. Mas como dizia o grande mestre:


"A vida é um eterno perde e ganha, num dia a gente perde, no outro a gente apanha"
Marcelo D2.
TÁ BOM, isso foi irônico!


"Mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia, ela pára e pede, preciso tanto tanto tanto, cara, eles não me permitiram ser a coisa boa que eu era."
Caio Fernando de Abreu.
Agora sim!
Ah, e claro: me mande para os infernos nos comentários e, ainda assim, me veja feliz!
Beijos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

More than words.

Já dizia o ditado: "O tempo é o senhor da razão". Eu nunca acreditei muito em ditados populares; afinal, para que serviam uma dúzia de palavras com o tal do sentido conotativo?
Enquanto meus questionamentos sobre qualquer coisa desinteressante se multiplicavam, vivia minha infância como uma simples criança comum: brincava, pulava, estudava... Não, você não leu errado. "Estudar" estava na minha lista de afazeres infantis.
Entretanto, com minha paixão irremediável (e estranha) pelo estudo, crescia uma contradição digna de ironia: eu não gostava de escrever. Faltava-me criatividade, emoção e, até mesmo, paciência para criar as tão comentadas 'produções textuais'.
Agora, vejo que havia a ausência da motivação crucial para a libertação de meu medo das palavras: a paixão. Sim, o amor pelas letras, pelo saber, pela arte de organizar as palavras e torná-las capazes de gerar respingos de emoção em quem lê.
Surgiu no colégio, aos meus 10 anos, a "produção poética". "Ih, produção, não!", logo pensei. Não havia jeito: ou eu vencia o desafio, ou continua vivendo de mal com o português.
Era somente eu, a folha de papel, a caneta e a minha insegurança totalmente segura. O tema da poesia poderia ser qualquer um; mas deveria ser, imprescindivelmente, criativo.
Imaginação foi a saída. Ainda não sei como, porém as palavras saíam da ponta da caneta de forma espontânea. Escrevi, escrevi e... pronto, eis a minha primeira obra de arte!
A professora, meus pais e amigos adoraram. Surgiu, assim, da minha primeira poesia, o meu sentimento de adoração sincera pela escrita. Pelas palavras em si. Ou por quase todas elas.
E agora? Eu não sou mais a "mera criança com pavor de caracteres". Sou uma adolescente, repleta de incertezas, mas com uma convicção: encontrou no português uma fonte inesgotável de emoção, inspiração e razão.


Esse é o meu tão falado texto de português. Tudo bem, se você pensou 'EU ESPEREI TODO ESSE TEMPO POR ESSA PORCARIA DE 15 LINHAS', eu lhe entendo perfeitamente.
Recebi meu texto, aceitei as correções da professora de português querida e fui sentar-me para relê-lo. E juro que foi uma decepção terrível.
Acho que a espera me fez idealizar demais sobre essa produção. Eu imaginava que ela fosse maior, mais sincera, com palavras sofisticadas. E não essa coisa totalmente meia-boca que vocês acabaram de ler (ou talvez pararam na metade).
Eu vou me redimir. Preciso me redimir comigo mesma depois disso. Tanto que estou fazendo um texto ótimo de suspense (para português, também). Só que, dessa vez, vou guardar comigo uma cópia, evitando problemas de 'expectativas não atingidas' (como agora).
Ops, eu e meu egocentrismo aqui novamente. Sequer parei pra perguntar sobre você. E tu, como estás? E não venha me responder com 'indo'. Até a estagnação é melhor do que andar dando tropeços em si mesmo.
Olha só, eu dando lições de moral. Onde estou com a cabeça, deus? (acima do pescoço, talvez?). Sou inquieta, insegura, tropeço em meus próprios sentimentos excessivamente espontâneos a todo o momento, e ainda insisto em falar sobre como você deve viver a vida!
Pois então. Eu não tenho um diário (porque sempre tive preguiça de escrever coisas como 'hoje comi paçoquinhas' e 'queria ter comido mesmo uma bala 7belos'). Dessa forma, eu fico falando bobagens aqui.
E eu espero que as minhas besteiras sejam melhores do que constatações sobre o quanto eu queria ter comido uma bala 7belos hoje.
Tenho a leve impressão de que estou extravasando trilhões de palavras com apenas 10% de sentido agora. Vou me despedir.
E vou recomendar as músicas da semana. (inventando moda - parte II)
Para refletir sobre a sua situação atual (ou a falta dela): http://www.youtube.com/watch?v=YcsUvh1ML7o&feature=fvst O refrão é lindo!
Para esquecer da sua situação atual (ou a contínua ausência da mesma): http://www.youtube.com/watch?v=pzpGk44UXKQ
Pra ver viver de puro amor musical: http://www.youtube.com/watch?v=pj3vXkhqszE

Pronto, chegou por hoje. Né.
Tô visivelmente um pouco ansiosa pra que o ano que vem chegue logo. Na verdade, eu queria mesmo que 2012 chegasse (morro de curiosidade pra saber se o mundo vai acabar mesmo. Nada muito legal). Porque eu fico ansiosa pelas coisas só pelo prazer de sentir meu velocímetro aumentando exacerbadamente. (eu tenho um velocímetro?)
Obrigada! Da próxima vez eu falo algo mais útil, menos decepcionante, e mais doce.
Porque minha mãe diz que sou doce. E meiga. Hehe.
Beijos! :*
Futura Ousadia. Ou só uma garota que não sabe muito o que dizer.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Black holes.

Peculiaridades ansiando por serem desvendadas em seu olhar. A hesitação por não conseguir prever o futuro presente nas cinzas de cigarros deixadas em um canto qualquer de seu quarto. Casais teciam promessas amorosas em meio à vasta noite de inverno. Amigos deleitavam-se em desejos repentinos de satisfação momentânea. Senhores idosos clamavam pela realidade inserida em lembranças oportunas.
Enquanto a escuridão prazerosa de um sábado começava e dava permissão para os acontecimentos simultâneos e tradicionais, uma sombra de dúvidas preenchia o quarto da jovem incomum, encadeando uma mistura nada agradável de implicidades.
Sentada em sua cama, encarando a mesma paisagem por entre a janela durante boas horas consecutivas. Se alguém a olhasse, certamente imaginaria que tratava-se de uma mera parada em meio à suposta movimentada rotina da garota que reluzia juventude.
Pois então, era um erro. O velocímetro da vida de Fernanda encontrava-se estagnado em números baixos e insignificantes nos últimos dias. Nos últimos meses.
Afinal, qual motivo seria merecedor de tanto tempo de reflexão e cautela? Uma unha quebrada, a insatisfação com os quilos a mais ou um simples desapontamento com alguma nota vermelha?
Mais um equívoco. Não era tão fútil assim. Contudo, ainda era clichê - singelamente, não havia nada mais normal do que isso.
Era paixão.
Amor estava longe de ser. Afinal, nem sabia o que era. Para ela, somente eram quadrilhões de emoções resumidas em uma palavra desconhecida. Todavia, era paixão. Era o desejo de ter alguém por perto explodindo em seu peito. Eram as noites mal dormidas, os sonhos parcialmente realizados, a salvação do pesadelo aterrorizante. Não havia explicação - havia ação. Ação desejada, vivida, e acima de tudo, sentida.
Agora, Fernanda agia como uma criança medrosa perdida ao relento. Queria fugir. Esquecer do que havia idealizado. Apagar o drama que transformara sua rotina previsível.
Riscou a última frase. Amassou a folha de papel em suas mãos e jogou-a embaixo da cama. Desistiu, por longos cinco minutos. Abriu o caderno e recomeçou a escrever.
Uma carta de amor. Uma declaração insensata. Frases com um significado inesperado. O que ela queria ter lido. Faria isso por repetidas e interruptas vezes, até adormecer no doce sonho que embalara seus pensamentos.
Suas palavras eram sinceridades em vão. Interpretações ingênuas. A tradução de emoções inocentes em algarismos.
Era seu. De sua alma e de seu coração.
Não precisava de armas para se defender de si própria ou esconder algo tão desnecessário.
Colocou suas mãos ao ar. Rendeu-se. Que a avalanche de sentimentos a invadisse.
Não precisava de nada mais. Contentava-se com a adrenalina percorrendo suas veias.

Não sei o que escrever depois desse texto clichê e sonolento. Eu ainda não sei porque gosto de escrever sobre essas coisas MUITO nada a ver. Mas é até divertido. Depois eu leio e me sinto um pouco versátil.
Mentira, eu não sou nada versátil. Porém contudo todavia, vocês podem fingir que eu sou.
Então, vou desejar uma boa noite e dizer que, se vocês forem pessoas legais de verdade, vão comentar e, de quebra, ouvir essa música que anda ocupando o espaço do meu cérebro reservado para decorar canções. Se é que existe um espaço para isso.
Acho que o próximo post vai ser sobre política, ou vou me animar e postar alguma poesia antiga minha. Não sei. Só queria deixar alguém ansioso, mesmo.
Beijo, e obrigada. Como sempre!
E, ah, boa noite.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu quero que VOCÊ leia isso.

Bú!
É, isso foi sem-graça. Aliás, quando eu fiz alguma piada com algum senso de humor mesmo?
Sei que fazem dois meses que não posto nada aqui. Sei que isso é um pouco estranho pra alguém que fala tanto como eu (hoje me disseram que eu falo demais. não que eu já não soubesse, na verdade).
Eu queria algum tema realmente bom pra falar. Mas, infelizmente, minha inspiração anda meio restrita demais (não mãe, não é porque eu durmo demais ou qualquer outra coisa. eu só não tenho assunto mesmo... haha).
Se você está lendo isso, supostamente se interessa em saber algo sobre mim (e se não gosta, agora é a hora em que você fecha a página. Haha, brincadeira). Então, optei pelo tema mais óbvio entre todos os possíveis assuntos do planeta: eu.
Esse blog é meu (in fact, é mais seu do que meu. Eu só divulgo o que eu escrevo porque, de fato, alguém lê. E isso é TÃO bom!). Nada mais justo do que dedicar um post para falar sobre qualquer coisa que me venha à cabeça!
Ultimamente, eu ando me deparando com algumas situações estranhas. Melhor: para mim essas coisas são estranhas, porque para 70% do mundo isso é mais comum do que respirar.
Vou fazer uma listinha.
Primeiro fato exótico - eu ando dando conselhos. Tipo, Laíza, desde quando você dá tantos conselhos assim? Eu nunca tive muitas experiências em dizer para os outros o que eles têm que fazer.
Mentira, nos trabalhos em grupo eu sempre 'mandava' em todo mundo. Mas isso é um detalhe.
Isso já é diferente pra mim. Só que a situação realmente piora quando tu conheces o principal assunto das minhas 'ajudinhas' de amiga.
Eu sei que você sabe. Nós dois sabemos sobre o que se trata. Não precisa esconder.
É, eu ando dando conselhos sobre 'relacionamentos amorosos'. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Ironias são legais.
Eu não preciso falar novamente que não tenho muitas experiências bem-sucedidas envolvendo isso (até porque eu passei alguns bons anos sentada, esperando que algum tipo de 'garoto perfeito' aparecesse na minha frente e dissesse 'sonho com você desde que me conheço por gente'. Faz algum tempo que parei com isso e estou vivendo a vida que tem que ser vivida [?], sem esperar muita coisa sobre sentimentos. Realidade. E tem sido infinitamente melhor assim, confesso).
E isso é um fato estranho porque, bom, não é algo que eu costume fazer muito. Mas é legal. Principalmente quando você toma conhecimento de que os seus conselhos são sensatos e, muitas vezes (eu não disse todas, ok?), dão certo.
E aí, quem topa montar uma empresa do tipo 'encontre seu par perfeito aqui'?
2º fato exótico - Eu caí na real que não sei entender as coisas nas entrelinhas. [desculpa se você esperava alguma coisa mais emocionante nesse segundo item]. Pois então, deixe-me explicar melhor.
Eu convivia com a certeza (incerta) de que eu conseguia interpretar as mensagens subliminares que as coisas têm. Porque muitas vezes, você diz alguma coisa e quer dizer outra coisa NAS ENTRELINHAS [algum humano que utilize essa técnica: alguma pessoa chamada Laíza Rabaioli]. E eu poderia jurar que compreendia tudo que estava subentendido. Ficava 'há, consegui pegar o que aquela pessoa estava tentando dizer'.
Mas eu não conseguia! Permanecer nas dúvidas sobre o que as pessoas estão tentando dizer - e não chegar nunca a uma resposta certa - pode ser empolgante. Como jogos de adivinhas.
Não. Jogos de adivinhas se tornam repetitivos com o tempo. As entrelinhas não. Elas sempre têm algo novo a oferecer para qualquer um que tenha um pouco de criatividade.
[uma dica que eu espero que você não ouça: as entrelinhas são o meu passatempo favorito. o que eu digo (o que eu escrevo, na verdade. o que eu falo pessoalmente sai tão rápido que não consigo pensar em boas mensagens por trás das palavras) pode ter um significado intrínseco. que talvez você descubra. ou não. hahaha]
3º fato exótico (eu não vou listar todos, fique tranquilo. O final está perto): eu acho que não sei viver num meio-termo. Eu sou extremista em muitos aspectos.
Quase sempre é tudo ou nada. Ser ou não ser. Coisas assim. Minha ansiedade não suporta indefinições. Tem que ser tudo certinho demais - ou errado demais, no caso.
Há pouco tempo percebi isso. E juro que não sei se é bom ou ruim (me responda isso nos comentários e acabe com esse dilema, se você for um leitor solidário. ou meu amigo. ou que quer dar alguma opinião furada pra ferrar com a minha vida. whatever, você que sabe).
4º fato nem tão exótico assim: eu confundo demonstração de felicidade com indiscrição.
Eu era um pouco discreta demais em demonstrar o quanto eu estava feliz com alguma coisa. Então, de uns tempos pra cá, comecei a mostrar pra Deus e o mundo o quanto eu estava satisfeita com a minha vida.
E, mais uma vez, eu estou caminhando para o extremo.
Às vezes eu posso ser exagerada com isso. O que não é legal. Tipo, eu canto quando eu deveria ficar quieta e fazer uma cara de 'estou feliz, mas sei me conter'. Me peguei fazendo essas coisas bastante. E eu me assemelho à uma criança de 9 anos que acabou de descobrir que tem cordas vocais. Sei lá.
Essa é a minha promessa! Vou aprender a demonstrar satisfação sem exagerar e me arrepender depois. Me ajude nisso, se quiser. Tem milhões de formas de me ajudar a fazer isso.
A principal é: se vossa senhoria me ver sendo um pouco, ahm, indiscretinha, me dê um sorriso. Isso mesmo. Eu não peço uma cara feia ou de reprovação. Peço um sorriso! Isso vai me fazer despertar, juro. Ou chegue perto de mim e diga 'vpmi' (Você Prometeu Mudar Isso, haha. Ok, esqueça essa).
Bom, então... Vamos às clássicas considerações finais.
Um - Obrigada por ler! Eu amo agradecer isso. Sério, eu não sei quem tu és, mas só por leres isso, já sei que é alguém (ou algo?) gentil e simpático. Muito muito obrigada. É mais do que gratificante pra mim!
Dois - Hey, esse é o novo layout do blog. Bye, borboletinhas felizes (e enjoativas). Olá, layout sério e adolescente. [eu adorei!]
Três - A opção 'anônimo' nos comentários está ativada (sempre esteve, na verdade. só estou ressaltando). Então, COMENTE E ME FAÇA UMA PESSOA MUITO FELIZ! (com discrição). Seus dedos não cairão caso tu escrevas algumas palavrinhas. Quaisquer palavrinhas. Eu digo qualquer coisa MESMO. Não importa o que você disser, eu vou ficar, no mínimo, feliz.

Pronto, acabou. Ufa. Retorne para o seu orkut, msn, twitter, lastfm, skoob (é um ótimo site, se você ainda não o descobriu), facebook, hi5, googletalk (alguém de verdade usa isso?), e afins.
E volte aqui. Na próxima vez, eu espero postar a crônica da qual falei no post passado se a professora de português entregar.
Beijo!
Futura Ousadia.
Laíza Rabaioli, na realidade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Só há graça quando há drama!

Eu tinha planos. Sério, acho que pela primeira vez eu tive alguma idéia permanente sobre um assunto para postar aqui. E era realmente bom.. Ah, como era bom.
Fiz uma crônica semana passada, e fiquei admirada com o resultado. Eu sinceramente me acho uma péssima escritora, que acredita em finais messiânicos e histórias com desfechos felizes. Mas essa crônica superou as minhas expectativas; foi impulsiva, mas sincera. Contudo, ao fazê-la em meio ao ambiente insólito da sala de aula, não posterguei o resultado elaborando rascunhos. E.. minha professora de português que não gosta de mim ainda não a entregou.
E, confesso: é tão depressivo olhar esse blog e ter que reler quatrocentas e trinta e sete vezes os mesmos textos ultrapassados. Então, decidi escrever sobre a primeira coisa que me veio à cabeça: o nome desse blog.
Futura Ousadia - pensei nisso há uns 2 anos. Eu já havia elaborado 378378738738 blogs na vida, mas todos fracassaram devido ao fato de não condizerem com a minha vida. Colocava nomes inúteis e dignos de uma criança: mundo das loucuras, anormal-idade, enfim. Ninguém se animaria para ler aqueles textos projetados para agradar um determinado público.
Certo dia (era uma vez..), eu andava com uma necessidade extrema de me expressar. Acho que tinha começado a vivenciar aquela fase de 'óh, hormônios, para que te quero?', e precisava extravasar. Descontar toda a minha raiva das coisas erradas em cima de alguém. E acabei despejando as minhas revoltas em cima de uma página na internet.
Ela durou um ano, mais ou menos. Tinha vários leitores - e se chamava, sim, futura ousadia. Mas ainda não era o que eu queria. Os meus textos anárquicos se tornaram um pouco ridículos para mim.
Cresci (GRAÇAS A DEUS!), amadureci. Então, esse ano, reavivei o espírito futuramente ousado que está presente em mim. Aquarianos precisam dizer o que pensam (senão, eles vão dizer mesmo que você não queira ouvir. Isso nunca dá certo, experiência própria), e eu faço isso aqui.
Tá, eu só enrolei até agora. É que é realmente uma gama de possibilidades falar sobre o nome que traduz praticamente tudo que sou.
F-u-t-u-r-a O-u-s-a-d-i-a (enquanto eu soletro, vou pensando em algo realmente interessante a dizer).
Eu sempre quis ser ousada. Ousadia é sinônimo de segurança, de auto-confiança. Confesso que só comecei a vivenciar de verdade esse substantivo há pouco tempo. É quase um estado de nirvana pra mim.
Poder dizer o que EU penso, sem tentar agradar a algum ser específico. Falar sem responsabilidade, me vestir do jeito que quero, esquecer que o mundo à minha volta é repleto de equívocos. Assumir minhas posições, esquecer as confusões típicas da adolescência, desistir de entender o que eu simplesmente não sei. Ser eu. Por mais que eu ainda não tenha descoberto tudo o que eu posso e quero fazer, aos poucos eu vou tentando. I'm trying.
Eu poderia muito bem ter colocado 'presente ousadia', ou 'passada ousadia', ou até 'perfeita ousadia'. Mas, eu prefiro pensar que tudo é tão imperfeito a ponto de ser melhorado. Eu nunca vou ser completamente ousada (porque isso pode até significar alguma falta de pudor), nunca vou chegar à toda a minha capacidade, nunca poderei dizer que sou humanamente perfeita.
Reticências. Minha vida se resume aos três pontinhos. Nada acabou, tudo mudou e ainda vai mudar.
Enfim, é isso. Se você não entendeu nada, tudo bem. Minha mãe diz que eu tenho o raciocínio rápido demais, emendo um assunto no outro. Enquanto isso, eu vivo na pretensão de ser alguma espécie de 'Clarice Lispector' atual. Talvez alguém leia esse texto daqui há 10 anos, e se encaixe perfeitamente na minha linha de pensamento. E eu espero que essa pessoa seja do sexo masculino. Porque daí eu me caso com ela - nada melhor do que conviver com alguém que é igual a você.
Ou não. Dizem que os opostos se atraem. Sei lá. Não tenho muitos depoimentos a contribuir nessa sessão sentimental (não fazendo referência ao fato de eu estar sempre falando de sentimentos, mas nunca saber nada sobre eles).
Comente. Diga que você nunca entende nada do que eu falo, que essa foi a sua última tentativa de tentar me compreender. Me mande a merda. Me diga que tudo não passa de uma obra do acaso. Só não tente me decifrar. Somente leia. Não pare pra pensar. Não sou digna de muitas reflexões, não.
Abaixo, para tirar essa cara revoltada do meu post, eu coloco um texto (de 8 linhas, então nem é um texto. É um parágrafo... Não, é só um monte de palavras juntas, pronto) que fiz há algum tempo. Eu adoro desencantar essas coisas do fundo do baú.


"Definir certas coisas pode ser parecido com restrição. Ao obter um significado de um sentimento, muitas vezes o banalizo de forma irreparável. Mas, ao definir o amor, acontece o contrário: eu não o restrinjo; o expando. O simplifico a ponto de me tornar capaz de sentí-lo. Eu ainda não sei o que é amar do jeito escrito nos livros, da forma retratada nos filmes: mas... eu sei amar à minha maneira. E eu posso dizer que toda a minha definição sobre esse sentimento corresponde a você. Aos teus gestos, às tuas ações, às tuas palavras que me fazem sentir emoções jamais vistas. Você, uma simples pessoa, tão errante quanto eu, me encanta da melhor maneira imaginável - e decifrável. Ao te decifrar, me decifro; ao te enlouquecer, me enlouqueço; ao te amar, me amo. E a partir da tua existência, eu existo. Existo, sinto e sou. E só 'sou' porque, justamente, te sinto: te sinto me fazer viver, e te vejo me fazer aprender que amar é a melhor realidade que eu poderia ter presenciado."


(consideração número 1 - texto dedicado à pessoa que me ama e ainda não sabe. eu nem conheço ela ainda. ela também não me conhece. mas ela me ama. e ela ainda vai descobrir isso, e nos encontraremos pelos acasos do destino. por enquanto, eu só vivo de paixões e textos para seres imaginários;
consideração número 2 - IMPORTANTE - quando eu receber a minha crônica bonitinha que citei no começo do tópico [ainda lembras?], postarei aqui. estou ansiosa por isso.
consideração número 3 - obrigada, obrigada, e obrigada novamente pela paciência. esse post foi muito temperamental. mas se você lê meu blog ativamente [ uma vez ao mês ] sabe que minha luta com as palavras nunca é tão revoltosa. ela é sóbria e calma. na maioria das vezes.)


Beijos, obrigada de novo, e você não precisa voltar aqui novamente, caso não queira.
Até.
Futura Ousadia ainda inexplicada.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nada pode ser tudo

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue. Outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer."

(Clarice Lispector)
 
Começo esse post da forma mais inusitada possível, talvez. Não, não é a forma mais inusitada possível do mundo. Mas é a maneira mais irreverente para mim.
Eu sou repleta de clichês - como dizer, como escrever, como cumprimentar, como pensar. Decidi quebrar um dos meus tabús internos hoje.
E essa foi uma boa desculpa para vocês não precisarem mais ler aquelas saudações dignas da década de 70, realmente.
So, como estão vocês? Eu estou bem, sim. Chega a ser estranho. Eu nunca estive tão bem em um prazo tão longo! É tão recompensante quando a rotina se mistura com o inesperado, o inesperado transcende as barreiras do esperado, e o que era totalmente inconstante se torna constante da melhor maneira existente! (releia essa frase umas 3 vezes. ela foi fruto de impulsos. eu não entendi ela no início, confesso. mas tem um sentido - sempre tem.)
Ok, chega dessas inspirações. Eu já disse que ficar arquitetando essas frases mentais se tornou uma obsessão pra mim? Eu chego a fazer isso até mesmo quando estou... sei lá, comendo um pastel. O que tem de mágico em comer um pastel?
Se você tiver obsessão por inspirações e frases de efeito, comer um pastel é um ato grandioso e que traduz a perfeição dos anseios do corpo humano. (ok, agora eu JURO que parei!)
Enfim, eu estou realmente ansiosa para comentar sobre o texto da minha autora preferida que citei anteriormente.
Alguns dos meus leitores silenciosos manifestaram seus pedidos por msn e confessaram a sua curiosidade em ler (ou reler) os meus textos românticos e melosos. Ainda não satisfarei a curiosidade por inteira - porque os meus textinhos convencionais são, figurativamente, o meu segredo, o meu diário exporádico. Porém, prometo que vou amadurecer a idéia. Eu acho.
A citação que usei para 'inaugurar' o post significa tudo o que eu pensei ou cheguei a pensar, algum dia, sobre amor.
Amor é o sentimento mais complexo e encantador. Talvez porque seja constituído de inúmeros ingredientes: respeito, paixão, amizade. Mexe com nossas emoções, aflora os instintos... Faz qualquer um se tornar uma criancinha de 5 anos na pureza dos sentimentos.
Porém, o amor pode se tornar a pior armadilha para decepções quando você busca por ele incessantemente. O drama da maioria das adolescentes é 'eu não tenho amor, preciso encontrá-lo LOGO!'. Todas parecem ter tamanha ansiedade em conhecer os efeitos dessa droga, que passam a procurá-la em qualquer um. E agora, alguém me diga, cadê a magia? Onde está o brilho, o encantamento?
O amor é o inesperado. Não há como controlar - você só... sente, eu acho. É uma surpresa que alimenta e não sustenta - precisa-se sempre de mais, e mais, e mais.
Lição do dia (ou até do ano inteiro): não busque o amor. Não faça nada por ele. Não o procure, não o planeje, não crie scripts de como cada sentimento surgirá ou morrerá.
Somente... viva! O amor só encontra quem, justamente, não espera por ele.
E, querem saber? As melhores coisas do mundo são, incrivelmente, imprevisíveis!
 
''Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever."
 
Volto logo!
Beeijos!
Futura Ousadia.

domingo, 21 de março de 2010

Good girls go to heaven

Heeeeey pessoas!
Não, isso não é uma miragem (ou qualquer outro tipo de ilusão óptica). Você não está vendo coisas, não está sob efeito de demasiados analgésicos, ou outro entorpecente que o faça ter alucinações.
É um milagre, mas eu voltei.
Eu sei que vocês já tinham desistido de me verem por aqui novamente. Mas, eu sempre apareço. É a minha eterna promessa. Eu não vou largar isso aqui tão cedo (é uma ameaça! Ok, não).
Mas, e aí, como vocês estão? Eu estou muito bem, obrigada.
E isso não foi ironia. Eu ando realmente bem. Talvez muito melhor do que o meu normal. Desde que as aulas começaram, eu convivo com uma felicidade que insiste em aparecer em 99% dos meus dias. E, bom, eu não me incomodaria nem um pouco se ela continuasse aparecendo pelo resto do ano.
Falando em aulas, elas estão me surpreendendo a cada dia. A minha visão antiga do que era uma aula (chatice + disciplina + gente chata + raros momentos de diversão) se discipa numa nuvem com uma perspectiva totalmente diferente. E olha que eu sempre gostei de estudar (momentos nerds são necessários, gente), mas agora me sinto encantada com o novo plano de fundo do meu cotidiano.
Ok, chega de egocentrismo, eu quero falar sobre outra coisa com vocês, readers.
Em uma de minhas news aulas de português, recebi um texto que achei muito interessante. Era de um editorial do jornal Estado de São Paulo, se não me engano, e falava sobre o dia da mulher, e qual o papel da mulher na sociedade atual - tudo com muita ironia e um linguajar exceleeeente!
Decidi comentar sobre isso com vocês hoje. Algumas vezes, fico pensando sobre esse assunto: o que é a mulher atual? Ou melhor, quem somos nós, as mulheres de hoje em dia?
Poderíamos dizer que uma parcela (cada vez mais crescente) dos seres de sexo feminino se assemelha, cada vez mais, a simples marionetes controladas pelos homens. Sim, fantoches que usam o corpo como arma de sedução, e como uma bela substituição da inteligência. É muito mais fácil cuidar da imagem externa, do que ter um cérebro saudável. Coloque um bíquini com 15cm de pano, saia a passear na praia, e pronto! Vamos ver se você não vai ser idolatrada por todos como a rainha dos mares (ou qualquer outra coisa pejorativa).
Esse tipo de mulher que aparece na televisão mostrando o corpo, que pagam pra serem exaltadas como 'gostosas', que tem uma auto-estima tão baixa a ponto de ser dependente de homens babões para dizerem 'o quanto elas são boas', pra mim é desprezível. Sim, é h-i-p-o-c-r-i-s-i-a!
Se tu és um homem (ou até um garotinho) que ama esse gênero feminino, com certeza deve estar me achando:
opção a) uma louca que precisa ser urgentemente internada,
opção b) uma garota que queria ter um corpo que beirasse a perfeição para exaltar, quando não o tem.
Se você chutou a opção a, está certo - talvez eu seja, sim, uma louca desvairada. Prefiro ser anormal - tenho até medo dos normais!
Se você confiou na opção b, não. Você errou. Um dia, nos meus áureos 10 anos de idade, eu cheguei a pensar assim. Eu queria que os garotos me olhassem! Mas, logo após, vi que pra um garoto me olhar, ele tem que gostar de mim pelo meu jeito, e não só pelo meu corpo. Existe um limite entre perder a dignidade para chamar a atenção, e ser somente você, só você mesma.
Há formas e formas de chamar a atenção. Eu prefiro que me chamem de feia, chata, implicante, irritante, egocêntrica, teimosa, qualquer coisa, do que me chamar de burra.
Porque o que eu tenho dentro da minha mente, porque os meus ideais e a minha personalidade não vão ficar feios com o passar do tempo. Porque eu não preciso ser vítima de academias, de salões de beleza, de personal-trainer, de qualquer coisa pra saber que sou mulher, que tenho a minha ideologia, e que não tenho garotos inúteis correndo atrás de mim só pelo tamanho da minha bunda. (eu vou muiiiiiito no salão de beleza sim. e sou uma eterna dependende dos alisamentos, também. mas é o meu único vício de imagem, confeeeesso! quem não gosta de ter um cabelo bonito, né? haha)
Nossa. Suponho que agora vocês até tenham se assustado, né? Haha. Sim, eu sou muuuuito feminista!
Mas, se você tem uma opinião diferente da minha, externe-a. Comente pra mim! Eu quero saber o que você pensa. ( e caso você for um garoto fofo que concorde comigo, também não deixe de me dizer, HAHAHAHAHA. tá, parei )
Eu queria falar muito mais, mas daí isso já vai se tornar um livro (desabafos de uma adolescente feminista, haha).
Beeeeeeeeeeeeijos,
e volto logo, ok? *-*
Futura ousadia (mais presente do que nunca essa ousadia, talvez).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A realidade da imperfeição ou a imperfeição da realidade?

Hello, readers!
Como vocês estão?
Eu estou muito bem - não que alguém tenha perguntado.
Hm, hoje é meu último dia útil de férias. Meus quase 3 meses de relaxamento acabaram. Você deve estar pensando 'óh, como isso é triste, eu queria mais 1 mês de férias, ao menos'. Mas... não. É engraçado, porque eu sempre fui assim. Nunca lamentei pelo fim das férias; ao contrário, sempre anseava pela retomada da rotina!
E eu odeio rotina. Ok, vou ser sincera, eu só gosto de uma rotina: aquela que envolve dormir. Mas, o mesmo movimento repetitivo de acordar - ir pro colégio - ser uma espécie de zumbi na primeira aula - copiar matérias e fazer provas - voltar pra casa - comer - fazer temas - e só então chegar ao tão sonhado 'tempinho livre' é horrível. Sem contar que isso vai se repetir mais quatro anos na minha vida - levando em conta só o ensino médio.
Porém, esse ano é diferente. Como eu já comentei, eu não faço idéia do que me espera, de quem eu vou encontrar, do que eu vou fazer além de estudar, obviamente. Isso gera um certo grau de expectativa em mim. Me deixa ansiosa e feliz, por estar realizando algo que eu sempre quis: recomeçar, fazer uma espécie de 'segundo episódio' do filme da minha vida.
Convenhamos, eu sou muito poética. Essa história de filme da minha vida é meio exagerada. Porém, quem pode negar que a nossa vida não é um filme? Um filme repleto de imperfeições, claro. Mas é um bom longa-metragem, ao menos!
Minha vida é uma comédia-romântica, eu acho. Com direito a personagens das personalidades mais variadas: os destrambelhados, os com a cabeça no lugar, os irreverentes, os não tão confiáveis, os que transparecem confiança em cada uma de suas ações, os que vivem pegando no meu pé, os que me fazem abrir os olhos quando estou errada, os que me acham bobinha, os que me acham uma boa pensadora, os que simplesmente não sentem nada sobre mim, os que sentem e não podem dizer, os que gostam e demonstram, e os imprevisíveis que eu desisti de entender.
E as coisas nunca são tão fáceis como são nos filmes. Nos roteiros brilhantes, tudo pode levar algum tempo, mas s-e-m-p-r-e dá certo no final. Aqui, no 'planeta Terra', as situações exigem muito mais preparo emocional (e às vezes até físico!) de nós.
Os amores fictícios sempre vivem 'felizes para sempre'. Mas, no nosso contexto diário, existe uma felicidade eterna? Será que há a pessoa que seja, indiscutivelmente, o encaixe perfeito para o nosso coração? Existe a perfeição?
Se existem assuntos que me deixam intrigada (e como existem!), esse é com certeza um dos maiores. O que é a perfeição? E... a perfeição não se torna a coisa mais sem-graça do mundo quando se trata da nossa realidade?
Eu gosto da imperfeição. Por mais que ela seja realmente mais complicada do que a perfeição elaborada dos scripts, a vida só tem emoções porque, justamente, não é perfeita. Se soubessemos o que cada um falaria, como cada ser agiria, como cada novidade surgiria, aconteceria e nos afetaria, do que adiantaria viver?
A surpresa nos traz emoções. Há surpresas boas, há surpresas ruins; entretanto, no meio de todas, sempre há uma lição, que nos faz amadurecer, crescer, e muito mais do que isso: se emocionar!
E no emaranhado de fios imperfeitos que é o nosso cotidiano, há inacabáveis suspenses e ansiedades que, só são inesquecíveis, por conterem falhas.
A felicidade está, inevitavelmente, no fato de sermos errantes e imperfeitos!


Depois dessa filosofia toda água-com-açúcar, vou embora! Temporariamente, claro. Eu sempre retorno para o meu 'recanto gentil' (lê-se blog).
Tomara que tenham gostado da minha filosofia a par da realidade!
Beeeeijos!


Futura Ousadia.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A falta de assunto se manifesta

Hey gente bonita! Haha. Ok, eu preciso certamente pensar em novas formas de saudação. Prometo exercitar isso.

Whatever, eu estou de volta (sim, eu gosto de ressurgir das cinzas. Quando todos já perderam as esperanças de lerem mais algum post meu, eu apareço. É uma técnica pra deixar os leitores com um gostinho de quero-mais, sabe? Ou talvez seja só a minha preguiça. Tá, mudemos de assunto).
Ahm, hoje faltam 5 dias pro meu aniversário, sabiam? Vou fazer quatorze anos. Cinco dias pra eu ser finalmente considerada jovem de acordo com a Organização Mundial da Saúde! Ah, pra mim é um grande feito.
Agora, quando eu for dar uma entrevista (sonhe, Laíza) para algum jornal, ou na televisão, eles não vão mais me chamar de 'Laíza Rabaioli - criança' e sim 'Laíza Rabaioli - JOVEEEEEM!'. Hááaa!
Estou me sentindo velha.
Como é do meu feitio, nessas épocas em que a idade começa a influenciar minha rotina (não é pra tanto - levar em conta o fato de que sou extremamente exagerada, por favor), eu inicio minhas reflexões em torno do passado, presente e até mesmo futuro.
Passado. É tão bom relembrar tudo o que aconteceu há algum tempo. Rever nossos erros, aceitar nossas mudanças... E se sentir orgulhoso por cada conquista alcançada. Olhar pra trás, e poder dizer o quão melhores somos agora! Não ter vergonha de admitir os próprios enganos, fazendo do passado um novo estímulo pra se construir o futuro!
O presente é, pra mim, o mais complicado de ser pensado. É muito mais fácil programarmos o futuro, recordarmos o que já passou, do que agir e viver A-G-O-R-A! Muitas vezes, perdemos nosso tempo revivendo coisas que já não fazem mais parte da nossa realidade; talvez, pelo fato do mundo real não ser como nos contos de fadas, em que o caminho do bem é claramente simples de ser trilhado. Mas, eu acredito que a realidade é a gente quem faz. Ela pode ser um saco, sim, quando queríamos ir a algum lugar e não podemos (eu queria muuuuuito ir no show do The Cranberries hoje. só um exemplo, claro), quando tiramos alguma nota ruim na prova que você se matou estudando (química, meu eterno sacrifício) ou quando você gosta de alguém que você odeia (suposições). Porém, apesar de tudo isso, a vida é repleta de coisas boas. O que falta nas pessoas, é a capacidade de saber enxergar a felicidade nas coisas mais simples e pequenas que a realidade nos oferece!
Eu realmente gosto de pensar no futuro. Eu amo arquitetar planos, sonhos... Fazer uma teia de desejos e opções a serem seguidas! Gosto de começar cada nova etapa com, pelo menos, um objetivo. Pensar o que eu sou, o que eu quero ser, pra onde eu quero ir, e com quem eu quero ir. Princípios básicos, eu acho, que fazem toda a diferença.
Eu creio que buscar a realização dos nossos planos é muito melhor do que deixar a vida nos levar. Ter algo em vista, e lutar para conseguir aquilo, pode ser uma tarefa árdua. Mas no final, a recompensa do dever cumprido é encantadoramente adorável.
Acho que já falei demais por hoje, né? Eu ando com várias idéias de temas pra compartilhar com vocês. São filosofias meio insanas, mas eu gosto de escrevê-las. Normalmente, eu as anoto em alguma folha de papel e jogo no primeiro armário que encontro. É um desperdício de idéias, acho.
Entretanto, hoje, eu tenho alguns 'PS'. Que, por mais que estejam ao final do texto, não são menos relevantes. Ao contrário.
Primeira observação (haha): Muito obrigada pelos comentários que vocês têm deixado por aqui. É difícil definir o sentimento que tenho ao lê-los. Eu sou exageradamente preocupada com o fato de 'alguém vai ter vontade de ler o que eu escrevo?'. As mais simples palavras se traduzem, em mim, como grandes sentimentos. Obrigaaaada!
Segunda observação: Vocês vão me deixar louca com esses comentários anônimos. Sério, até meus pais já desistiram de fazer surpresas pra mim - a surpresa sempre se torna um martírio quando o alvo (eu) fica falando nisso 25 horas por dia. Eu ficaria muito feliz se vocês matassem minha curiosidade e se apresentassem, sabia? Mas, se preferem manter sua identidade em sigilo, não há problemas. Eu vou aprendendo a controlar minha curiosidade, por enquanto... Haha.
Terceira observação: Se eu não postar mais dentro de uma semana, devo estar com algum tipo de desidratação, ok? Esse calor é de matar.
Quarta observação: A terceira observação foi brincadeira. Haha. Sem-graça. Eu tomo água demais para morrer de desidratação. rs
Quinta observação: OK, CHEGA DE OBSERVAÇÕES! Senão meu blog vai se tornar chato. Não que ele já não seja bem chato. Mas nada é tão ruim que não possa piorar.
That's all, people!
Beijoos!
Futura Ousadia.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

I just wanna live, baby

Chega - eu disse pra mim. Chega de viver desse jeito. Chega de permanecer em meio à ilusões. Chega de acreditar que cem por cento das pessoas são verdadeiras, mesmo que não pareçam ser. Não dá mais pra confiar em qualquer um que cruze meu caminho. Minha ingenuidade chegou ao fim, minha doce inocência não pode mais existir.
Parei de esperar que o príncipe encantado surgisse, em meio ao caos, e me levasse para um novo mundo; que me transformasse, que me visse como a pessoa mais linda do mundo. Não existe perfeição; existem, somente, aparências muito bem formuladas para esconder os sórdidos e piores defeitos.
É impossível continuar a sonhar tanto, me contentando com inícios sem fins. Ultrapassa a minha pequena capacidade. Sou menos do que pensava: não suporto tudo que há de ruim.
Percebi que qualquer transformação não pode ficar só no papel. E ninguém pode fazer algo por mim sem a minha própria colaboração. Qualquer mudança tem que partir da minha consciência, e se tornar ação.
Chega de meras palavras bonitas, frases vindas de inspirações repentinas. Eu quero REALIZAR, eu só quero VIVER!
Comecei a ignorar o que não me diz respeito. Não há mais porquê me importar com quem me trata como simples opção. Antes de dar conselhos e cuidar dos problemas de alguém, preciso aprender a me decidir, a me remodelar, a me encaixar.
Não sou a insatisfação em pessoa; gosto do que gosta de mim. Pronto, simples e fácil.
Não consigo mais acreditar em letras de músicas, em filmes com histórias repletas de 'mocinhos e vilões'. A pessoa boa não se dá sempre bem, no final das contas. Ela sofre muito, antes de ver que a realidade pode ser o pior cenário para uma história feliz.
Grandes tempos. Cada um vive por si, sem pensar no outro. O conceito de certo e errado mudou, e eu não me adequei. O que é certo pra mim, pode não ser pra você.
Eu vou fazer o que é melhor pra mim, não o que é correto para os demais.
Pensando bem, não há o justo e o prepotente; não há o conotativo e o denotativo; o real e o irreal: tudo é igual, tudo se mistura no final. E eu? Sou apenas coadjuvante no meio de um roteiro mal elaborado.

 PS: esse texto não condiz com minha vida. Sim, eu tenho a péssima mania de escrever textos que não tem muito a ver comigo. Mas eles sempre têm a ver com alguém. Alguma pessoa sempre se identifica com o que eu escrevo. Isso é bom.
Por ora, é só. Espero que vocês tenham gostado desse texto. Eu, particularmente, amei ele.

Beijos!
Futura Ousadia.

sábado, 9 de janeiro de 2010

About me

Vocês não imaginam o tamanho de minha felicidade ao ver que meu blog recebeu 4 comentários (na verdade, 5; mas um foi meu. Aí não vale!).
Somando o número de leitores que comentaram com aqueles que são mais acanhados e preferiram manter sua importante opinião em segredo, creio que esse primeiro post foi muito melhor que minhas pequenas expectativas.
Agradeço, de verdade, àqueles que elogiaram meu texto ou meu modo de escrever. O melhor que os 'futuros escritores' podem alcançar, sem dúvida, é o reconhecimento daqueles que os lêem.
Agora, sobre minha identidade nem tão secreta assim; se você está aqui, deve me conhecer. Porque não existem outros meios de divulgação desse blog que não sejam o meu orkut ou msn. Entretanto, como eu de fato gosto de falar sobre eu mesma (egocentrismo às vezes é necessário), vou me apresentar.
Meu nome é Laíza. Meu sobrenome é Rabaioli. Haha.
Eu tenho quaaaase 14 anos (falta menos de um mês! E, de acordo com os estudos, você só se torna jovem a partir dos 14 anos. Então, façamos de conta que já tenho 14, por favor). Eu reativei esse blog devido ao meu constante tédio e minha necessidade vital de expôr meus pensamentos - por mais chatos que eles sejam.
Hmm, bom. Eu moro em uma cidade pequena, o que não torna minha vida algo muito movimentado. Minhas novidades não são muito interessantes. Eu acho.
E, esse ano, estou vivendo o momento mais agitado e diferente de minha vida, talvez. Uma série de novos desafios que eu terei que enfrentar me deixam ansiosa e um pouco insegura. Porém, simultaneamente, viver a expectativa de um novo colégio, novas pessoas, de um novo cenário com um novo elenco para o roteiro de sua trajetória me desperta felicidade.
E é exatamente por isso, que eu tento mantêr meu otimismo enquadrado com o realismo. Eu quero crescer, amadurecer, aprender com cada nova experiência que eu vou ter pela frente. Quero tirar uma lição de cada acontecimento, por mais simples que eles sejam.
A vida é feita disso. As mudanças sempre são boas. Mesmo sendo aparentemente estranhas ou assustadoras.
Ok, desculpem, novamente. Esse post foi muito pessoal. Mas nada disso é segredo, pra ninguém. Todos nós já sentimos aquele sentimento indecifrável na hora de enfrentar o que é novo, o que não se pode prever, não é mesmo?
Podem comentar. Se quiserem, claro. Mantenho minha técnica de total liberdade, que pelo visto está dando certo. É muito melhor fazermos apenas o que temos vontade, e não aquilo que nos sentimos pressionados ou obrigados a realizar. É a partir da liberdade de escolha e pensamento que conseguimos alcançar a satisfação das pessoas, eu acredito.
Se quiserem expôr suas opiniões, podem dizer absolutamente qualquer coisa; seja 'Laíza, você é uma boba por se preocupar com o futuro. Viva o presente!' ou 'Eu sinto o mesmo que você, meu Deus!'. Ou simplesmente digam que esse foi o pior post imaginável para uma noite melosa de sábado. Qualquer palavra, desde que seja realmente sincera, me fará feliz!
Beijos, beijos! E mais uma vez, obrigada pela paciência de lerem meus textos e visitarem essa página!
Futura Ousadia.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

(Re)começo

Eu odeio inícios. Esse, por exemplo, já foi um péssimo início, talvez. Começar alguma coisa dizendo o quanto você odeia o fato de ter que iniciá-la não é muito energizante.
Entretanto, não é que eu odeie ter que começar este blog. Ao contrário. Essa é mais uma das tantas oportunidades que tenho pra falar sobre o que eu quiser, quando eu quiser, como eu quiser, e onde eu quiser. Ou seja, um exercício que me faz sentir independente, confesso.
O que eu detesto veementemente é ter que dar o primeiro passo em algo tão vago.
Eu poderia começar dizendo 'oi meus lindos, como vocês estão?', mas alguns de vocês sequer sabem quem eu sou, e eu não conheço meus leitores para chamá-los de lindos.
Uma próxima alternativa seria dizer: 'Oi, eu espero que vocês gostem do que eu vou escrever a seguir'. Mas... eu tenho certeza de que vocês não se animariam tanto para ler o restante.
Dessa forma, eu decidi dar o pontapé inicial usando a minha tal sinceridade. Eu odeio inícios. Pronto.
Eu sei que poucas pessoas vão ler isso. E eu não vou ficar pedindo pra que vocês comentem o que eu digo (eu AMO ler comentários, mas vocês não são obrigados a ler chatices do tipo 'heeey, não custa nada deixar um coment pra mim, néeeah?'). Comentem, se quiserem. Eu ficaria agradecida e lisonjeada. Haha.
Os possíveis leitores de meus textos criativos serão, provavelmente, eu, minha mãe (oi mãe, tá gostando do texto? eu sei, hoje tá cansativo, é só o início, eu não sou boa nisso), e meus amigos que não têm número definido. Ou seja, se eu obter 5 leitores, já me sentirei realizada.
Eu não sei sobre o que eu vou falar aqui. Dizem que aquarianos precisam se sentir aliviados, de vez em quando. Eu vou falar o que der na telha. Mesmo. Esse não é um blog de famosos (sem chance), moda (não), curiosidades (relativo), animais (não sou muito informada em relação a isto), muito menos sobre Big Brother Brasil.
Ok, eu gosto de BBB. Eu posso comentar sobre isso às vezes. Aleatoriamente. Fiquem calmos.
Não é um post animador. Eu prometo me esforçar pra fazer os próximos textos mais positivos, com energias boas, coisas assim. Juro, eu vou me esforçar.
Hm, obrigada, realmente, por ler isso. Agora você já pode voltar a conversar com seu gato ou gata, a ler o seu livro, a comer o seu hamburguer, a escutar a sua música predileta. E volte aqui, caso você sinta um tédio extremo novamente.
Eu ficaria muito feliz em ver você por aqui, do fundo do meu coração. Hahaha.
Saudações, da forma que preferir (beijos, abraços, apertos de mão, você escolhe).
Futura ousadia.