Me, mim, comigo.

O meu lugar é onde as palavras estão.
Meus sentimentos são costurados em tecidos feitos de celulose ou em páginas disponíveis na virtualidade. O pensamento constante habitante da minha mente, formador de combinações pseudolíricas e amadoras, é o vício que me sustenta e me faz acreditar no que sou e no que quero(ia) ser.
Invento-me e reinvento-me (clandestinamente) a partir dos caracteres intransponíveis que exponho aqui. Minhas emoções são transparentes e humanas, aquecidas por uma massa cinzenta que não descansa. Afeiçôo-me por vidas que não me pertencem e roteiros que não me rodeiam; mistérios sinceramente esquálidos despertam minha curiosidade adolescente e falhamente aguçada.
Sou eternamente embriagada pela magia dos caracteres. Minha vida é narrada nas entrelinhas falsamente planejadas e inebriantes.
Não tenho a calmaria dentro de mim. Caminho exasperada pelo labirinto de minhas escolhas, em busca da naturalidade e satisfação interna.
Sou muito e sou pouco.
Criei um mundo onde as armadilhas são desejadas e a vida escorre pelas mãos. Você poderia me acompanhar pela trilha de doçura que rasteja sobre nossos pés?

Sou Laíza Rabaioli. Escassez de adjetivos e impaciência para se descrever diretamente.
Cá estou eu e aqui está uma fatia da minha vida. Aceita alguma bebida?